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Brasil atrasado na tecnologia do carro elétrico
15.06.2018
A prometida redução de IPI (de 25% para 7%) deve estimular a venda dos híbridos e elétricos. Mas, sozinha, não fará milagres. Não espere que a venda desse tipo de veículo seja tão relevante no Brasil quanto nos mercados europeus (como Alemanha e França) e asiáticos (como China e Japão), que dão incentivos maiores e há mais tempo.

Um sinal do que deve acontecer por aqui foi dado pela VW, ao revelar seus planos para o país até 2020. Ela anunciou recentemente que lançará 20 modelos novos nos próximos anos, sendo 17 equipados com motores a combustão interna (Polo, Virtus, Amarok V6 e novo Tiguan já entram na conta) e três híbridos ou elétricos. Destes três, dois já são conhecidos: um será híbrido (Golf GTE), outro será elétrico (e-Golf). O terceiro ainda é mantido em segredo.

O foco principal da VW continua nas tecnologias tradicionais e o mesmo deve ocorrer com as outras fábricas instaladas aqui, como Chevrolet, Ford, Renault e Toyota.

Segundo o diretor financeiro Wolfgang Schaefer, da Continental, empresa alemã que fornece autopeças para as fábricas, a última tecnologia aplicada aos motores será a conhecida como HCCI (Homogeneous Charge Compression Ignition, na qual a mistura ar-combustível é comprimida e aquecida até o ponto da autoignição) e que, a partir desse estágio, investir nos motores de combustão interna não será mais economicamente justificável.

O primeiro carro equipado com um motor HCCI deve ser o novo Mazda 3, que tem previsão de chegar ao mercado em 2019.

No Brasil, os motores a combustão tradicionais (ciclo Otto) terão vida mais longa, como confirmam os investimentos das empresas. Recentemente, a GM anunciou um aporte de R$ 1,9 bilhão em sua fábrica de motores de Joinville (SC), de onde sairá o novo 1.0 de 3 cilindros que vai equipar a futura geração de Onix.

A Renault investiu R$ 750 milhões na ampliação da capacidade de sua fábrica atual e na abertura de uma nova unidade de injeção de alumínio para a fabricação de blocos e cabeçotes localizada em São José dos Pinhais (PR).

E, entre as que não anunciaram investimento, sabe-se que a Fiat terá uma nova linha de motores até 2020, em substituição ao atual 1.8 E.torQ, e que a Ford lançará em breve os novos 1.5 de 3 cilindros.

A exemplo da linha VW, os elétricos que virão para o Brasil serão importados. A GM trará o Bolt. A Renault pode trazer o Zoe. A Honda estuda duas possibilidades: uma versão elétrica do Fit e o novo Insight, sedã derivado do Civic. A Hyundai deve ter o híbrido Ionic desenvolvido especialmente para brigar com o Toyota Prius. E a Toyota, por sua vez, deve ampliar seu portfólio de híbridos com a chegada da nova geração do Corolla e, talvez, do SUV C-HR.

Hoje, apesar de ainda existirem forças contrárias aos avanços nesse sentido, as empresas continuam fazendo investimentos e se encaminhando para modernizar ainda mais os carros, pois a situação está mais favorável para isso.

Fonte: https://quatrorodas.abril.com.br/noticias/o-brasil-vai-chegar-muito-atrasado-na-festa-do-carro-eletrico/